Friday, October 1, 2010

ainda em Abu Dhabi


Post sem fotos... algumas coisas são bloqueadas nos Emirados. Skype pra telefone e, às vezes, alguns downloads...

Aqui a semana começa no domingo. Então, hoje foi meu primeiro dia de trabalho no festival de cinema local.

Uma equipe de umas 200 pessoas de várias nacionalidades e diversas línguas, experiências profissionais também diversas, espalhadas por escritórios num teatro absolutamente magnífico no meio do nada. Esse ‘nada’ era pra ser alguma coisa esplendorosa – com villas, shopping, campos de golf e outras coisas do mundo esplendoroso – e virou nadinha mesmo depois do colapso econômico. Um monte de casas vazias (que dois anos atrás eram alugadas por mais de $100.000/ano), construções, auto-pistas que não levam a lugar algum, um shopping quase vazio e, claro, esse teatro enorme que cede, de graça, seu espaço para a organização do festival.

Uma equipe que reune conhecimento humano de enorme valor, histórias e experiências, que passa boa parte do tempo re-organizando o que foi organizado duas horas atrás e ‘touching base’ no fumódromo.

Mas, foi meu primeiro dia trabalhando para um festival que vai acontecer, de fato, daqui a tres semanas. Um tempo enorme, espaço quase infinito para muitos milagres... Como, por exemplo, saber exatamente quais os filmes que serão apresentados, resolver que tipo de ingresso será impresso, quem faz parte do juri, quem é VIP e quem não é... e um montão de outros pequenos detalhes que, por serem confidenciais, não são compartilhados com a galera... como sou uma das pessoas da galera as orientações de trabalho vem a conta-gotas.

De qualquer modo resolvi, por conta própria, ter um pequeno projeto de pesquisa. Estou então googleando/pesquisando/o trabalho de todos os cineastas, produtores, diretores que estarão presentes no evento.

Meu primeiro dia de trabalho foi moroso no meio do deserto, mas muito, muito interessante mesmo, vendo/lendo/pesquisando/aprendendo sobre a perspectiva das pessoas do oriente médio.
Vendo o areial e sentindo o calor... mulher tropical que sou, começo a tecer entendimentos (iniciais e falíveis, óbvio) sobre a razão de tudo que é  ‘pra dentro do muro/véu/areial’ ser tão brilhante e dourado.


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